quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Um péssimo escritor.

Imagine, sem imaginação , não tem solução.
Um rua de uma cidade qualquer, uma casa, moram nela ,uma mulher de uns 30 e poucos anos e seus filhos..não há pai , marido ou namorado , apenas ela e seus filhos.
Imagine um homem ,de 30 e poucos anos também, mora na mesma rua , é casado , mora um pouco adiante da casa dessa mulher sem marido.Para ir até sua casa esse homem ao dobra a esquina da rua, passa na frente da casa dessa mulher .
Um dia qualquer eles se encontram em um outro ponto qualquer da cidade, já é o fim do dia, ela fala com ele...ele sai .vai para outro lugar da cidade, numa outra casa..na casa da amante, de uma das amantes.
Na cama com a amante, ele pensa no que a mulher ,vizinha sua lhe disse...e descobre que ela tem razão......e fica feliz com a amante e nunca mais volta pra esposa.
Faltou algo?
Moral: Não tem moral, saber ler , não é tudo, tem que saber interpretar, imaginar, viajar na história.Cada um a seu modo ,com seus conceitos ,moral , valores....é se olhar , é rever, e deixar de lado o seu eu e se ver no outro,nos outros, nas histórias ou nada disso também.
A maioria dos contos ,crônicas, histórias,estão carregadas de valores, emoções, alguma coisa precisa tocar o leitor, tem que tocar, tem que deixar a história entrar ,tomar conta,se ver nela, ver os outros nelas,entrar nas histórias,fazer parte delas.
Meus leitores odiaram , não entenderam, ô povo exigente ,heheheh

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

A mulher que jogava paciência.



Ao dobrar a esquina, nas madrugadas de farra, nem os faróis do carro ofuscavam a claridade que vinha da janela do seu quarto, provavelmente lá estava ela , olhar fixo na tela do monitor.
- Eu vejo você chegar toda madrugada, e quando vejo a luz do teu carro na minha janela, penso ’’ já é tarde. ’’, me disse ela uma vez.
É tão bom, ver você chegar, não sei por que,nunca pensei nisso,mas sinto um alivio de mãe quando você dobra a esquina ,parece que você evita chegar em casa , evita alguma coisa , prefere arriscar nas ruas, nas madrugadas , prefere os perigos da noite , a encarar o seu lar..
Sempre deixei a pessoas falarem o que pensam, nunca fui de achar as pessoas metidas ou indiscretas, acho natural, principalmente quando vem de um olhar gordo e meigo como o dela.
Despedi-me sorrindo, a noite já vinha chegando, o pôr-do-sol é lindo,mas realidades, e pés no chão são melancólicos, triste, infinitamente dor.
Me fui as madrugadas,imaginei seus lindos olhos azuis me seguindo ,até desaparecer em alguma esquina,.
Sempre tinha alguém à minha espera, alguma cama macia e cheirosa ou um quarto frio e monótono de motel, que nem mesmo a companhia ,por mais especial e excitante que fosse ,tirava o ar de impessoalidade daqueles ambientes.
Fiquei pensando nela em suas palavras, que não paravam de ecoar naquele quarto nem tão monótono,nem tão frio,nem desagradável à companhia.
Olhei para o lado, um par de olhos verdes ,grandes e brilhantes me fitavam, um sorriso se fez em seus lábios enormes....seus seios se apertaram contra meu peito ,braços se enlaçam e mãos procuraram prazer em formas e partes que a roupa esconde todo dia.
Ouvi barulho de automóveis, abri os olhos, olhei o relógio: 11h05min ,olhei para o lado, ela dormia serenamente,nem parecia respirar, abracei-a ela se acomodou nos meus braços ,fiquei acordado, pensando, pensei...será que ela dormiu sem ver a claridade dos faróis do meu carro?,o que será que ela pensou.?..o que se passava na mente dela,quando sentia o alívio , ou a felicidade de poder me dizer o que sentia...ou achava?
Eu nunca mais dobrei aquela esquina, nunca mais voltei para aquela casa,nunca mais vi a claridade em sua janela,mas ainda sinto, aquela dor, em cada clarão de janela ,nas ruas de madrugada.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Um Brasil que nunca esquece.


Até o último post sobre as chuvas em Santa Catarina, não tínhamos imagens da enchurada de água e lama, 10 dias depois as imagens assustam e deixam o povo brasileiro chocado mas solidário.É impressionante o numero de pessoas;milhares, auxiliando, fazendo campanhas para arrecadar alimentos, roupas , remédios, cobertores e trabalhando para manter os sobreviventes em abrigos , alimentados e aquecidos.
Quase todos os estados da federação , enviando seus corpos de bombeiros para a região.
Exercito e aeronáutica também participam ativamente.
Pessoas ,ONGs,entidades religiosas, gente simples e comum, dando mão de obra e trabalhando duro para amenizar o sofrimento do povo mané* da ilha e os barriga verde**.
* apelido dos moradores da ilha de Florianópolis,capital do Estado de Santa Catarina.
Um povo , só um povo como o Brasileiro para largar tudo e ir em socorro aos que necessitam.
Nessas horas, tenho maior orgulho de ter nascido nessa terra e fazer parte desse país , de ser brasileiro, parabéns aos que apesar de tudo não esquecem de ser solidários e não perdem a humanidade.
**Como são conhecidos os nascidos no Estado de Santa Catarina.
Foto: Anoitece em Balneário Camburiú, SC, Domingo 2º dia de chuvas no estado.